Centro de Media

Centro de Media

Julho 31, 2024

As Estruturas das coberturas inclinadas

As estruturas de coberturas inclinadas podem ser divididas em contínuas e descontínuas.

Estruturas contínuas:
São mais utilizadas caso se pretenda um desvão habitável ou tectos que acompanham a cobertura inclinada se não existir sótão.
A maioria são em lajes inclinadas em betão armado porque fazem parte de estruturas do edifício também em BA (ou estruturas mistas betão-metal); ou são estruturas descontínuas que recebem um guarda-pó como um forro de madeira em placas de OSB que as tornam em estruturas contínuas.
Nestas estruturas contínuas, por existir um pano contínuo liso, independentemente de ter isolamento térmico, deve ser aplicado um sistema em malha cruzada de ripas e contra-ripas em que inicialmente se colocam as ripas verticais e só depois as ripas horizontais, ficando sobrelevadas pelas anteriores e recebendo as telhas. Isto serve para efeitos de ventilação, diminuição de condensação e livre escoamento de água que possa entrar por infiltração. Quando a inclinação da cobertura não é muito acentuada, pode e deve-se utilizar uma impermeabilização auxiliar como rolos de membranas respiráveis impermeáveis e só depois colocar o ripado de assentamento das telhas.
 
Estruturas descontínuas:
São normalmente aplicadas em situações em que o sótão não será utilizado e a telha é aplicada no que comumente chamamos de “telha vã”, ou seja, a telha fica à vista pelo interior.
Frequentemente, são em estruturas de madeira, metálicas (asnas, treliças, …) ou estruturas de vigotas de betão pré-fabricado (eventualmente pré-esforçado), podendo as estruturas de madeira e metálicas serem ou não idênticas ao restante tipo de estrutura do edifício, sendo que estruturas de vigotas em betão estão normalmente associadas a uma estrutura do edifício também ele em Betão Armado.
No caso das estruturas descontínuas, será apenas necessário aplicar um ripado horizontal para assentamento das telhas, tendo de se verificar a inclinação da cobertura para garantir que esta é mais do que suficiente para não haver infiltrações para o interior do edifício; ou aplicar uma subtelha autoportante, ondulada, que pode receber o ripado horizontal, garantindo a estanqueidade total da cobertura.
 
Uma nota final para referir que as estruturas de coberturas em madeira e metálicas (p.e. LSF), como conseguem ser significativamente mais leves do que outras soluções, são de grande utilidade para a reabilitação de edifícios antigos, garantindo que não se coloca mais carga sobre a estrutura, podendo até, em alguns casos, ser uma solução estrutural mais leve do que a existente (se a cobertura for em material mais pesado, como p.e. vigotas em betão) e retirar alguma carga da estrutura original do edifício que pode não ser reforçada na sua reabilitação.

Obviamente terá de ser verificado e avaliado, caso a caso, a estrutura existente do edifício por uma equipa de engenheiros qualificados para tal.
 

Projetos de Referência

Aqui pode conhecer alguns dos projetos de referência com o cunho UMBELINO MONTEIRO. 

As Nossas Marcas

Aqui pode conhecer as nossas marcas para o seu projeto. Deixe-se inspirar!